Crise e falta de interesse das autoridades comprometem futuro do acervo
TAM foi vendida ao chilenos e o dinheiro fala mais alto. História e memória se perdem por interesses que vilipendiam um País sucateado pela má administração de políticos pouco preocupados. Onde o Brasil vai parar deste jeito?
Com o desaparecimento da TAM o fechamento do museu é apenas uma questão de tempo. Desde Santos Dumont a aviação brasileira parece não ter importância para os brasileiros.
Este Museu construído pela paixão do Rolim pela preservação da história da aviação, merecia um pouco mais de respeito!
Fontes internas no Museu da TAM afirmam que a instituição encerrou suas atividades no último dia 29. Inaugurado em 2010, o museu conta com um acervo de 90 aeronaves, além da reserva técnica, assim como diversos itens que retratam a história da aviação no Brasil e no mundo.
Fruto do sonho dos irmãos Rolim e João Amaro, o museu surgiu com a proposta de manter um importante acervo em plenas condições de voo. Entre as aeronaves expostas estão os icônicos Supermarine Spitfire, Vought F4U Corsair, Republic P-47 Thunderbolt, Messerschmitt Bf 109, MiG -21, Dassault Mirage III, Lockheed Constellation e Fokker 100.
Com a escalada da crise econômica e política no Brasil, a Latam, principal mantenedora do museu, passou a registrar uma série de prejuízos e redução no número de passageiros transportados. Com custos mensais na ordem de R$ 300 mil, o museu se torna oneroso diante dos desafios impostos pelo país.
Além disso, a Latam vem estudando utilizar o espaço dedicado ao museu como extensão das oficinais de manutenção. O sitio aeroportuário de São Carlos, no interior de São Paulo, abriga o principal centro de manutenção do grupo, podendo no futuro receber oficinas dedicadas aos novos Airbus A350 XWB e Boeing 787 Dreamliner.
Nos últimos meses, o cofundador João Amaro e a curadoria do museu, ao lado de importantes membros da sociedade aeronáutica, vêm discutindo a transferência das instalações para o Campo de Marte, em São Paulo.
O projeto conta com a simpatia do Comando da Aeronáutica, que estuda ceder parte da área que possui para a construção do edifício, que poderá abrigar todo o atual acervo e eventuais novas aeronaves incorporadas. Porém, a prefeitura de São Paulo se mostra relutante ao projeto. Um dos motivos é a disputa pela propriedade do terreno onde se encontra o aeroporto do Campos de Marte.
Em nota publicada em sua conta oficial no Twitter, a TAM informa que o museu está fechado para manutenção.
Fonte: Aero Magazine